Município defende reclassificação dos projetos do IC3 e de nova travessia sobre o Tejo

O Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado, reafirmou esta terça-feira, dia 2 de outubro, em reunião do executivo municipal, que está disponível para reunir com todos os deputados eleitos pelo distrito, de todos os partidos com representação parlamentar, para debater as questões dos constrangimentos no atravessamento da ponte João Joaquim Isidro dos Reis (ponte da Chamusca-Golegã) e das más acessibilidades existentes no concelho, sobretudo ao Eco Parque do Relvão.

Paulo Queimado defende a reclassificação da importância dos projetos de prolongamento do IC3 para perfil de autoestrada A23, com a construção de uma entre Almeirim e Vila Nova da Barquinha, e que inclui um novo atravessamento do rio Tejo, nomeadamente com uma nova obra de arte e viaduto a atravessar a zona dos campos de Chamusca e Golegã. Atualmente, no âmbito dos planeamentos de investimento da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, estes projetos estão classificados de interesse local. O Município da Chamusca defende que este é um projeto nacional e que deve estar incluídos no plano de investimentos considerados estratégicos, pela importância que esta nova ligação rodoviária vai ter para facilitar o acesso ao parque industrial do concelho e para a vida de muitos munícipes e visitantes que diariamente têm de atravessar a Ponte Joaquim Isidro dos Reis, onde não se conseguem cruzar dois veículos pesados.

“A Chamusca precisa de uma ponte que resolva todos os nossos problemas de travessia nesta zona. Na Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo estamos a definir investimentos estratégicos superiores a 75 milhões de euros e defendo que é importante falarmos de questões estruturantes, em vez de continuamos a olhar tudo em pequenino. Estamos a fazer um Plano Estratégico para a região e não podemos olhar apenas para coisas mais «miudinhas», sem definirmos com clareza aquelas que são as grandes linhas orientadoras”, frisou o Presidente da Câmara da Chamusca, concluindo que o IC3 é uma via fundamental para o desenvolvimento da região e do País.

Em resposta a uma interpelação do Vereador Rui Rufino, eleito pela Coligação "Chamusca é o Meu Partido"(PPD/PSD.CDS-PP.MPT), pediu aos vereadores da oposição que possam comunicar aos seus partidos - e respetivos deputados - esta abertura do Município da Chamusca para se encontrar uma posição concertada sobre o tema das acessibilidades. Este assunto voltou a estar em debate esta semana por causa de posições políticas emanadas de outros concelhos que reclamam a construção de nova ponte nos seus territórios, nomeadamente, Abrantes e Constância.

O Presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado, afirmou-se “solidário” com os concelhos de Abrantes e de Constância porque sabe “dos constrangimentos que também sofrem com aquele tipo de pontes” e disse que esta questão já foi abordada com os deputados, no âmbito do planeamento dos investimentos a realizar na região. Existe aliás uma posição conjunta e unânime de todos os deputados do PS, BE, PCP, CDS e PSD, representados na Comissão Parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, a recomendar o fecho do traçado do IC3 e a construção de uma nova ligação sobre o Tejo, entre a Chamusca e a Golegã.