Saltar para o conteúdo principal

tunas4d

slot demo

slot demo

slot demo

slot demo

slot77

slot88

janji gacor

slot gacor

slot resmi

slot demo

slot777

slot demo

slot777

slot777

slot thailand

slot thailand

slot thailand

slot777

slot 4d

slot thailand

slot777

slot demo

slot777

slot thailand

slot777

slot demo

slot thailand

slot777

slot demo

slot thailand

slot demo

slot terpercaya

slot thailand

slot maxwin

slot 4d

slot thailand

slot qris

akun pro thailand

slot maxwin

https://vivagames-yourtoy.com/

https://twincountynews.com/

https://urbanpopupfood.com/

https://creativestockphoto.com/

https://thevampirediariessoundtrack.com/

https://comediankeithrobinson.com/

https://hoteldasfigueiras.com/

bandarxl

naga666

agen5000

agen5000

live draw hk

toto macau

slot thailand

slot777

slot demo

slot mahjong

slot777

slot thailand

slot777

slot777

slot777

https://jurnal.fti.umi.ac.id/products/slotthailand/

slot demo

slot demo

slot thailand

https://slot777.smknukotacirebon.sch.id/

slot777

slot demo

slot deposit 5rb

slot thailand

agen5000

agen5000

harum4d

harum4d

dadu4d

vilaslot

harum4d

slot777

harumslot

vilaslot

harum4d

harumslot

harumslot

harum4d

slot thailand

slot thailand

slot777

slot thailand

slot dana

slot thailand

slot777

slot terpercaya

slot terpercaya hari ini

tunas4d

slot demo

slot777

live draw hk

slot777

slot dana

slot demo

slot gacor

slot777

slot 4d

slot thailand

slot777

slot demo

slot777

slot thailand

slot777

slot demo

slot thailand

slot777

slot demo

slot thailand

slot demo

slot terpercaya

slot maxwin

slot thailand

slot qris

akun pro thailand

slot maxwin

bandarxl

naga666

agen5000

agen5000

live draw hk

toto macau

slot thailand

slot777

slot demo

slot mahjong

slot777

slot thailand

slot777

slot777

slot777

https://jurnal.fti.umi.ac.id/products/slotthailand/

slot demo

slot demo

slot thailand

https://slot777.smknukotacirebon.sch.id/

slot thailand

slot demo

slot deposit 5rb

agen5000

agen5000

harum4d

harum4d

dadu4d

vilaslot

harum4d

slot777

harumslot

vilaslot

harum4d

harumslot

harumslot

Artesanato da Chamusca

 

Chamusca - Artesanato

A Vila da Chamusca apresenta uma grande riqueza em termos culturais...

:: CERÂMICA PINTADA



Peças de barro vermelho, um vidrado colorido, tintas de alto fogo, motivos da nossa terra, cozedura quente e lenta, jeito e imaginação.


O oleiro molda pratos, travessas, cinzeiros, taças, potes, bilhas, jarras, saleiros, serviços de chá e de café, terrinas, paliteiros, azulejos, tudo em barro, que depois são vidradas e pintadas. É
 tempo das peças irem ao forno para que conjuntamente cozam tinta e vidro e ela nele se funda a 980º (graus), cinco horas a aquecer, dez para ir arrefecendo. 

Embaixatrizes da Chamusca e do Ribatejo, as peças em barro, muitas delas que tiveram a assinatura de Ana Silva, apresentam tons de azul e amarelo, as cores do que de mais belo e característico tem a vila e a região: a Igreja Matriz, o Coreto, o Mirante, S. Pedro e Misericórdia, a Ponte, os Paços do Concelho, o Clube Agrícola, o brasão municipal, o Chafariz da Botica, o Senhor do Bonfim. E também cenas do campo, carros de épocas idas, touros, cavalos, campinos, a alma passada ao barro.


:: LATOARIA

Tem um século, pelo menos, a arte de latoeiro de que são portadores os irmãos Freitas da Chamusca. Em mil novecentos e poucos já mestre Henrique Latoeiro tinha oficina aberta, nesse tempo na esquina do largo do coreto com o do hospital velho.

Há sessenta anos, Francisco Freitas, que tinha sido aprendiz, comprou-a para seu uso e transferiu-a, no fim dos anos 50, para junto do extinto Café Império. Ensinou a arte aos filhos, que são no nosso tempo, os únicos representantes dela numa vila que já teve quatro oficinas de latoeiro com trabalho que sabe Deus.

E trabalho há é muito, as vezes nem sabe um homem para onde se há-de virar, porque a procura é crescente e cada vez menos quem a satisfaça a preceito. 0 que mudou foi a obra porque o mundo em que vivemos já não é o de mestre Henrique.

Então eram as quartas para a cura, os pulverizadores, os canos de rega que havia antes do pIástico e que se chegaram a produzir aqui ao ritmo de 200 metros por dia, a trabalhar de empreitada. E alcatruzes para as noras, medidas de folha, do meio decilitro ao almude, balanças de braços, talhas para o azeite, tarefas para os lagares, um ror de coisas que hoje muita gente já nem sequer sabe o que é.

Também se faziam lanternas, de folha, claro, até que o plástico chegou e tomou conta de tudo. Mas cansa, por não ser bom nem verdadeiro, e hoje em dia, curiosamente, é lanternas o que os irmãos Freitas mais produzem outra vez na oficina. De folha, claro, artísticas e perfeitas, e é aí que está a diferença que atrai a clientela e proporciona trabalho a quem assim as faz. Dos tempos da velha oficina ainda tem, a funcionar na perfeição, a bigorna e a calandra, um instrumento que serve para enrolar e quinar chapa ou arame. A fieira, que dobra, vinca, faz rebordos e executa todos os enfeites na chapa, foi adquirida há menos tempo, mas a antiga ainda a conservam como peça de museu. E conservam também, com orgulho, a velha forja, indispensável para soldar antes de se inventarem os maçaricos a gás. Foi ainda mestre Henrique Latoeiro, no princípio do século, que comprou essa forja, carregadinha de História. Era já usada, mas precisamente o uso que teve é que lhe dá valor e significado especial: nesse tempo, tinha acabado de ser construída a Ponte da Chamusca, toda em ferro e chaparia, e, sendo certa a tradição foi nessa velha forja que se recozeram os rebites para ela.

 

Como acontece com outros objectos, como o vestuário ou o calçado, também os móveis tem dupla serventia, se assim se pode dizer: são para usar propriamente e para distinguir quem os usa. Alguns móveis transformaram-se mesmo em símbolos de poder e adquiriram, aos nossos olhos, uma dignidade especial. Tome-se o caso de um trono que mais não e afinal do que um móvel de assento, e nem sempre confortável, mas que distância não vai entre as cadeirinhas da aldeia e os cadeirões do poder, usados por reis e papas... Então é bom de entender que, como em tudo nesta vida, há uma hierarquia dos móveis estabelecida por muitos critérios e também pelos laços afectivos que estabelecemos com eles. E enquanto a maior parte dura enquanto durar e depois vai para o lixo ou morre numa lareira, há outros que são eternos ou queremos nos que sejam.

É aqui que entra o restauro para rejuvenescer o que já tem muito ano, não Ihe tirando a idade que também lhe dá valor.

Restaurar não é consertar. É repor o que, por estar danificado, precisa de ser refeito, mas respeitando rigorosamente a verdade do que era. Então restauro é arte a exigir conhecimento, jeito e muita dedicação. Não é trabalho que se faça a olhar para o relógio nem nunca por nunca ser se pode pensar fazê-lo em série ou de empreitada. Cada restauro tem uma história e nunca mais se repete. É obra única que só quem sabe pode fazer a preceito.

:: REGISTOS, GRAVURAS E SANTINHOS

Vem do tempo dos conventos, eras de outras devoções, quando as freiras os faziam para uso próprio ou satisfação de pedidos alheios. Santinhos por terem santos, bentinhos por serem bentos, serviam muitas vezes para marcar a página de um livro de oração, missal, Bíblia ou outro que se tivesse para utilização religiosa. Eram registos de uma passagem que se lia muitas vezes. Alguns emolduravam-se e povoavam as paredes das casas médias e ricas, símbolos de protecção, imagens a que a gente se prendesse num mundo em que eram mais os perigos ou o medo deles e menos as imagens onde pousar os nossos olhos.
Havia também relicários, muitos, guardando pedacinhos materiais de alguém que viveu antes e que se crê estar vivo ainda e a olhar pela nossa vida. Eram peças bem-queridas, tratadas com devoção, objectos do nosso sagrado, o lado mais fundo de nós.
  
Depois o tempo passou. Abrandou a veneração, avançou o material, a religião perde crentes, fecharam muitos conventos, deixou de haver tantas freiras, poucos faziam santinhos, os que havia estavam velhos, consumidos pelos anos, desgasto pelas humidades, desfeitos pelo abandono. Muitos perderam-se para sempre, não tiveram protecção acabaram tristemente. Mas outros sobreviveram e chegaram até nós, testemunhos de outras vidas, de passadas devoções, carregados de memórias e de estimativo valor. Hoje olhamo-los de outro modo, eles próprios já relíquias, peças do nossso património, símbolos de um viver que herdámos e já não temos. E queremos conservá-los, restaurando-os, recuperando-os, restituindo-lhes a juventude que tiveram, várias gerações atrás, na parede da bisavó, no oratório de algum antepassado mais ilustre. E os santinhos são pontes a ligar-nos ao passado, a dizer-nos de onde vimos.
  
Armando Palhais descobriu-os há muitos anos atrás e afeiçoou-se-lhes. A vida exigiu-lhe atenção a outras tarefas e os santinhos ficaram à espera. Mas agora, que a disponibilidade é outra, cuida deles e reaviva-os, restaurando-lhes a forma e devolvendo-lhes a dignidade. É nisso que passa os dias, com toda a paciência do mundo porque toda não é demais para refazer como foi aquilo que há tanto ano deixou de ser o que era.
 
Também faz novos, com o conhecimento que tem dos que vêm do tempo antigo. E vende-os a quem os quer, santinhos mas não bentinhos, do benzer trata o devoto, que os objectos benzidos não são para andar no comércio. Muitos nem benzidos serão, servem para colecções, valem só pelo que são e não pelo que cremos serem. Num mundo com tanta imagem que nos entope o olhar, apetece às vezes fixar um registo de outro viver e assim ter consciência de que afinal, nesta constante mudança, há olhares que permanecem e nos seduzem ainda.

 

 

Tagged em
voltar ao topo